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13 DE NOVEMBRO DE 2024

  • Aracaju

O principal índice de ações da bolsa de valores de São Paulo, a B3, fechou em forte queda na segunda-feira (20), na pontuação mínima do ano, em dia de fortes perdas no mercado externo com a expectativa de calote no mercado imobiliário chinês, e à espera das decisões sobre juros aqui e nos EUA, na quarta-feira (22).
O Ibovespa recuou 2,33%, a 108.844 pontos.
Na sexta-feira (17), a bolsa fechou em queda de 2,07%, a 111.439 pontos, acumulando baixa de 2,49% na semana. Com o resultado de hoje, a parcial do mês acumula perda de 8,37%. No ano, o recuo é de 8,55%.
Na melhor marca do ano, no dia 7 de junho, o Ibovespa chegou a atingir 130.776 pontos. Já o pior nível havia sido registrado em 26 de fevereiro, quando a bolsa fechou aos 110.035 mil pontos.
A pior marca intradia do ano continua sendo do dia 2 de março (107.319 pontos). Hoje, o Ibovespa chegou à mínima de 107.520 pontos.
O dólar fechou em alta, cotado a R$ 5,3327.
Segundo profissionais do mercado, o risco da incorporadora chinesa Evergrande não pagar juros de dívida que vencem nesta semana e na próxima deve agravar a desaceleração da economia.
São dois os aspectos em que o mundo estará atento nos próximos dias: primeiro, como será (se houver) o plano de resgate da empresa e qual será o impacto nos bancos financiadores e nos setores adjacentes na economia chinesa.
Isso piorava as previsões para a economia mundial, cuja recuperação dos efeitos da pandemia já sofria revezes na Europa e nos Estados Unidos com a disseminação da variante Delta, derrubando commodities como minério de ferro e petróleo.
A bolsa de Hong Kong, onde a Evergrande está listada, teve queda de mais de 3,30%, com as ações da incorporadora mergulhando mais de 10%.
Estados Unidos
Além da bolsa asiática, Wall Street despencou na segunda (20), com o S&P 500 e Nasdaq sofrendo a maior queda percentual diária desde maio. O índice Dow Jones caiu 1,78%, a 33.970 pontos. O S&P 500 perdeu 1,69%, a 4.358 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq recuou 2,19%, a 14.714 pontos.
Microsoft Corp, Alphabet Inc, Amazon.com Inc, Apple Inc, Facebook Inc e Tesla Inc estiveram entre as maiores influências negativas tanto no índice de tecnologia quanto no S&P 500.
“Além disso, as atenções estão voltadas para a reunião do Fomc na quarta-feira (22), que poderá trazer detalhes sobre a redução do programa de ativos”, afirmou em nota a clientes a equipe de pesquisa econômica do Bradesco em alusão a encontro do comitê de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira.
Nesta semana, tanto o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) como o banco central brasileiro decidem suas novas taxas de juros.
Nova taxa de juros no Brasil
O Banco Central do Brasil anuncia na quarta (22), a nova taxa de juros, com o consenso do mercado de que a Selic seja elevada em 1 ponto percentual, a 6,25% ao ano, o que pode reduzir ainda mais a previsão de alta do PIB brasileiro em 2022, enquanto ainda enfrenta inflação alta.
“Esse ambiente pode pesar em setores que dependem tanto de linhas de crédito acessíveis como de mais estímulos econômicos”, afirmou à Reuters Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora.
Segundo o Boletim Focus, divulgado mais cedo, os agentes do mercado já esperam inflação de 8,35% este ano. Já a projeção para a Selic no fim de 2021 foi elevada para 8,25%. A previsão para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) em 2022, por sua vez, foi reduzida para 1,63%.
Na agenda doméstica, entram em vigor na segunda-feira (20), as novas alíquotas do IOF – Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários para custear o Auxílio Brasil, programa proposto pelo governo para substituir o Bolsa Família.
O governo federal elevou IOF para financiar novo programa. O aumento vale até 31 de dezembro e deve arrecadar R$ 2,14 bi em 2021. Com o decreto, a alíquota diária do IOF sobre empréstimos passará de 1,50% ao ano para 2,04% para pessoas jurídicas. Já as pessoas físicas passarão a pagar 4,08% anuais ante à alíquota atual de 3% ao ano.

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