Ministério da Saúde prevê para abril 10 milhões de doses a menos
Publicado em 23 de março de 2021
Novo cronograma de entrega de doses de vacina divulgado reduz em 10 milhões o total de doses previstas para o mês de abril. O total de vacinas para o próximo mês passou de 57,1 para 47,3 milhões..
A nova previsão contabiliza a entrega até 30 de abril de 21,1 milhões da vacina Fiocruz/Oxford envazada no Brasil. No cronograma apresentado na semana passada, no dia 15, pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, eram 30 milhões de doses. Procurada, a Fiocruz informou que seu cronograma de entrega já havia sido atualizado há duas semanas. Ou seja, o governo divulgou uma expectativa de distribuição de vacinas desatualizada.
Também foi retirada a previsão de entrega de 1 milhão de doses da vacina da Pifizer/Biontech, recém contratada pelo governo. A primeira remessa da Pfizer está prevista agora para o mês de maio, são 13,5 milhões de doses. Um segundo lote foi programado para agosto com o restante do volume contratado, 86,4 milhões. Inicialmente, havia um escalamento para entrega mensal entre abril e setembro.
A redução se dá em meio à nova onda de Covid no país. O Brasil registrou ontem dois novos recordes: de média móvel de casos e de mortes por Covid-19.
A pasta conta ainda com a distribuição em março de 8 milhões de doses da Precisa, parceira da Bharat Biotech na produção da vacina indiana Covaxin, mas a farmacêutica não tem o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial no Brasil.
Nas tratativas para a compra de vacinas, o governo aumentou a previsão de 13 para 50 milhões de doses da vacina da Moderna ainda neste ano. A primeira remessa de 1 milhão de doses é prevista para o mês de julho.
Na semana passada, Pazuello afirmou que é normal mudar o cronograma para entrega de vacinas.
— O cronograma é para ser alterado quando a farmacêutica não entrega, quando a linha de produção para, quando acontece qualquer dificuldade na legalização das doses — disse o ministro.
Em nota, o Ministério da Saúde reforçou que depende da entrega do quantitativo enviado pelos laboratórios fabricantes. “Esse cronograma de entregas, passado pelos fornecedores ao Ministério, pode sofrer alterações de acordo com a produção das vacinas”, diz o texto.