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03 DE NOVEMBRO DE 2024

  • Aracaju

O tema foi discutido durante o Grande Expediente e também em reunião virtual da Comissão de Educação, Cultura e Esportes, quando o parlamentar destacou a importância de debater temas como a depressão na infância e adolescência, bem como a necessidade de orientar os jovens sobre a forma segura de denunciar os abusos. No discurso, Eduardo Lima (Republicanos), tomou por base dados do Centro de Valorização da Vida (CVV), que apontou o estado de Sergipe como o segundo do Nordeste em número de suicídios, em 2017. “Se naquele ano a situação já era preocupante, agora com a pandemia os casos se agravaram. Só no ano passado, 35 pessoas se suicidaram em Aracaju, agora em 2021, já são cinco casos”, alertou o vereador, que se baseou em dados da Secretaria Municipal de Saúde.
Eduardo Lima ainda apontou possíveis motivos para a frequência desse problema. “Os jovens estão reclusos em casa, por causa do isolamento social, sem ver os amigos, sem opções de lazer. Recebo muitos desabafos de pais que veem os filhos se automutilando. É triste isso! Essa é uma questão que precisa estar em pauta sempre aqui nesta Casa, não podemos nos furtar deste debate”. Segundo dados do Sistema de Informação de Agravos e Notificação, o Sinan, em todo ano de 2020, 195 pessoas, em Aracaju, praticaram atos de autoviolência. Na faixa etária entre 15 e 19 anos foram 37 notificações e entre os jovens, de 20 e 29 anos, 57 registros. De janeiro até o dia 25 deste mês, o sistema já contabilizou 47 registros. Analisando os dados dos períodos, outro dado chama atenção: as mulheres representam 73,84% das vítimas desse tipo de autoviolência.
Eduardo Lima destacou a importância da parceria escola e família para reverter esse cenário. O vereador citou o exemplo da Escola Municipal de Ensino Fundamental Sérgio Francisco da Silva, no bairro Lamarão. A unidade de ensino conseguiu mobilizar os alunos em um projeto contra o cutting (automutilação) e o suicídio, por meio de atividades físicas, culturais e eventos que estimulem o autoconhecimento e o apoio mútuo. O projeto teve êxito. Dos 47 estudantes que admitiram praticar automutilação, apenas 12 ainda precisam fazer o acompanhamento.
Preocupado com a situação, o parlamentar voltou a defender a contratação de psicólogos e assistentes sociais para atuarem na rede municipal de ensino, por esse motivo, deve protocolar nos próximos dias uma emenda à Lei municipal 4.825 aprovada em junho de 2016, que instituiu a Campanha Permanente de Informação, Prevenção e Combate à Depressão em Aracaju e incentiva a realização de palestras, debates e a confecção de informativos sobre a depressão. Segundo Eduardo Lima, “a própria Lei servirá de base para viabilizar a contratação dos profissionais para realização dos serviços na rede municipal de ensino”, concluiu.
Fonte: Câmara Municipal de Aracaju

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